terça-feira, 22 de abril de 2008

O poder que eu te dei




Às vezes me pego olhando para as minhas mãos.
Elas não são grandes, muito pelo contrário...
São pequenas, eu diria que pequenas demais para carregar a minha pesada bagagem de mão.
Uso as minhas mãos e fixo as minhas unhas com toda a força dos meus 1,55 de altura nos seus pés cansados de me abandonar, torcendo os meus pés cansados de te seguir.
Sinto minha raiva arder ao longo da minha espinha e doer na parte da frente., porque é justamente lá no coração que você desfilou com a sua escola de samba nazista deixando somente estragos feitos por um amor irresponsável reduzido as cinzas de carnaval.

Mas assim como a Fênix eu renasço. Eu cresço e apareço... Porque eu mereço!
Beijo amigo, beijo sapo, beijo sapa, beijo gringa, beijo com pinga, beijo sem amor, beijo até o espelho e o box do banheiro, eu canto no chuveiro.
E vôo com o vento, vou no evento e esqueço do lamento... Nem lembro de você mais do que uma vez por dia.
Eu me refaço, arrumo emprego, arrumo meu armário, arrumo o cabelo, minhas ações estão em alta e minha pele até melhora; aliás eu troco de pele! Extraio todo o seu veneno do meu corpo e alma cuspindo pra cima. A minha chama finalmente se reascende!

Mas, como uma catástrofe natural que não tem data nem dia para acontecer, assim como um vulcão que simplesmente entra em erupção sem aviso prévio você volta e me apaga. Estragando uma semente boa de auto estima plantada por amigos pacientes.
E por mais incontestável que seja o estrago da tragédia, as vítimas do acidente só foram atingidas porque construíram suas moradias perto do vulcão... E na minha moradia, você está sempre de saída.
Eu descobri que o gelo também queima.
...
Coloco a minha cabeça entra as minhas mãos, minhas pequenas mãos, e acaricio meus próprios cabelos buscando alguma sanidade e suprindo alguma carência que provavelmente você criou.
Tento encontrar alguma outra saída que não seja pela porta dos fundos... mas não há.
Fui eu quem ficou na casa vazia que nem era minha.
As horas que seguem são formadas por minutos problemáticos e paranóicos de mil segundos cada um.
Você me roubou a paz de novo. Me encheu a cabeça, e me perdeu como quem perde um objeto que já não é mais útil.
Eu perco meu tempo, gasto meu dinheiro, gasto minha retórica tentando encontrar razões para justificar mais um abandono.
Eu bato as portas, bato com a cabeça na parede, eu preciso e vou ser ouvida! Eu digo e repito os detalhes da nossa história banal para quem quiser ouvir. Parece morte, mas é só mágoa.
Eu acordo rouca quase louca, e mesmo sem voz continuo expondo minhas impressões em queixumes e gritos mudos de dor que me dilaceram o peito e aliviam a alma.

Hiroshima e Nagazaki foram totalmente destruídas para então ressurgir mais fortes. Mas eu não sou uma nação, e muito menos tenho ajuda do governo para me refazer... Quantas vezes eu aguento ser destruída?
A nossa história patética já faz bodas de prata!
Eu te dou o meu suor, o meu melhor. te dou pedaços e detalhes de mim que eu nem sabia que tinha... te dei meu corpo, minha alegria, minha autonomia, minha anatomia e minha filosofia...
Quando um novo amor aparecer... Alguém assim; mais magro, menos bonito, mais tímido, mais humano também... ele vai me encontrar receosa e na defensiva. Vai me encontrar com o couro gasto de tanto me chicotear... e vai fazer carinho por cima das feridas que você me causou.
Mesmo que esse alguém não me faça sorrir tanto, me contentarei se ao menos ele simplesmente não me fizer chorar mais. Já é meio caminho andado, pra frente.
Sem voltas!

Então, por favor, para de falar por aí que eu sou uma boa pessoa. Eu sou, mas não quero que saibam isso da sua boca...
Sua boca me beijava olhando o relógio
O seu sorriso diminui o seu olhar, e o seu olhar mente mais do que a sua boca!
Porque da sua boca, eu nunca ouvi nada que me fizesse acreditar que seria diferente... Eu acreditei em você por nós duas.
Eu apostei tudo que eu tinha, e você nem sequer jogou.
...
Eu nunca vou atingir o meu limite, esse ciclo é contínuo.
O sádico e o masoquista se completam...
... como a guerra e a paz ...
... amor e ódio ...
... o bem e o mal ...
... a água e o sal ...
... você e o normal ...
Assim como Romeu e Julieta.
Só que eles morreram; e eu... Eu quero viver!
E você? Vai ficar aí?




quarta-feira, 2 de abril de 2008

Intro


Homo sapiens, bípede, masculino. vertebrado, bipolar, racional, porém emocional. 2.1 com pouca quilometragem rodada. hahaha
Nem muito alto, nem muito baixo. Meu peso é variável de acordo com o meu humor e auto estima.
... Chego cansado, saio atrasado, durmo pelado, fico amassado, sou empolgado, acordo excitado... Sou ansioso, teimoso, cheiroso, cuidadoso orgulhoso, maldoso... Malvado, safado, engraçado, educado... Sou intenso. Entrego-me e quero tudo o que você tiver em retribuição.
Sou muito paciente, mas não venha passar aspirador perto de mim quando estiver no telefone, né!?
Odeio o espaço ridículo que deixam para preenchimento de campo “e-mail” em qualquer formulário de dados que deve ser preenchido em letras de forma! Meu nome nunca cabe inteiro então tenho que contar todas as letras do meu nome para saber qual a melhor forma de abreviá-lo, ou seja até nisso temos que nos adaptar aquilo que esperam de nós.
Eu brinquei de comandos em ação, assisti ursinhos carinhosos, caverna do dragão depois X-man. Já acreditei em Papai Noel e chorei no último show da Xuxa quando ela ia embora na nave segurando a mão de um baixinho sem dentes que chorava mais que eu. (agora já sei que na verdade ela estava beliscando o menino) e anos mais tarde descobri o “Amor estranho amor”. ¬¬

Não sei andar de bicicleta e às vezes perco noites de sono tentando descobrir um pouco mais de mim mesmo ou porque decidi do nada que é hora de arrumar o quarto.
Adoro sair pra jantar e baladas, mas também adoro ficar em casa de pijama e meia assistindo filmes e comendo pipocas de microondas.
Sou daquelas pessoas adoráveis que lembra as datas, repara em letras de músicas e estampas de camisetas.
Adoro crianças, adoro dinheiro, adoro piscina, adoro dar presentes, adoro ganhar e dar abraços... E adoro meus amigos; principalmente os verdadeiros!
Não gosto de feijão nem de leite... Nem de ilusão. Não gosto de ser enganado nem de injeção.
Odeio coisas fora do meu alcance na vida e na mesa.
Sexo tem que ser de luz apagada, se eu fizer com a luz acesa, é porque eu gosto de você...
Sempre queimo a boca pra comer pastel de feira, às vezes critico meu corpo para ouvir elogios.
Acredito em teorias do amor e horóscopo só quando elas favorecem o meu signo e o meu coração.
As coisas nem sempre tem um final feliz e chega uma hora que a Branca de Neve não deve mais esperar ser salva e levantar do caixão de cristal, cuspir a maçã e arrumar um emprego; afinal os metrôs estão circulando com velocidade reduzida, devido a um objeto na via, e certamente o príncipe não vem mais à cavalo.
...
Não entendo de política, mas pelo menos não votei no Lula.

Meus fones de mp3 ou celular sempre dão nó porque eu guardo tudo bagunçado e quando eles param de funcionar eu fico puto.
Odeio mancha de cândida nas minhas roupas e cabelo no meu copo! Tem coisa mais nojenta que cabelos por aí?!
Gosto de corpos sarados no anúncio de roupa íntima, mas prefiro um sorriso tímido escondido em um aparelho sorrindo pra mim.
Odeio as modelos que tatuam o nome do namorado da semana, envolto em um tribal... Aliás, o que é um tribal?

Gosto de mãos dadas, pés que se esquentam, beijos demorados, cinturas envoltas por toalhas iguais, cócegas e caras de sono.
“Fazer compras junto, escolher iogurte, pintura a 4 mãos, água de copo para dois, o mesmo cigarro... Isso é amor.”

Há algo descontraído e um pouco erótico na beleza exótica dos cabelos cacheados que alguns dias são maleáveis e fáceis de se domar; mas em outros são complicados e impossíveis de se lidar!
... E aquele que não agüenta o tranco de lidar com um amor bem humorado, sexual e adorável de cabelos cacheados sempre vai embora atrás do amor tranqüilo, tradicional e assexuado de cabelos lisos e sem segredos ...

=)